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Quanto e como o preço da energia impacta no crescimento da indústria e na produção de commodities?




Entre 2020 e 2021 a alta do preço da energia elétrica representou um aumento de 13% no custo total da produção das indústrias do país. Mais precisamente devido à crise hídrica que apesar do esforço dos diversos agentes econômicos para mitigar os efeitos, o aumento no custo de geração foi, de alguma forma, repassado aos consumidores.


Consequentemente, desencadeando diversos impactos sobre a economia brasileira. Um desses impactos é sobre o consumo das famílias. O aumento no preço da energia faz com que as famílias tenham menos renda disponível para o consumo dos demais produtos, o que causa uma redução na demanda doméstica. Essa redução da demanda resulta em uma redução da produção nacional dos bens de consumo direcionados às famílias. Os setores que produzem esses bens, por sua vez, adquirem menos insumos, afetando negativamente os setores que fabricam bens intermediários, resultando em um efeito negativo em cadeia.


No mesmo ano, os efeitos diretos e indiretos do aumento de preço da energia geraram uma perda de cerca de 166 mil empregos em relação à quantidade de pessoas que estariam ocupadas sem o aumento no preço da energia. O consumo das famílias se reduziu em 7,0 bilhões de reais a preços de 2020. Já a inflação às famílias, em 2021, sofreu um aumento de 0,16%. A perda nas exportações foi o equivalente a 2,9 bilhões de reais.


A perda estimada no PIB da indústria de transformação em decorrência do aumento no preço da energia elétrica foi de 1,7 bilhão de reais em 2022. O impacto sobre o emprego é uma perda de cerca de 290 mil empregos em relação à quantidade de pessoas ocupadas entre abril e junho de 2021. O consumo das famílias se reduziu em 12,1 bilhões de reais a preços de 2020. Já o aumento no preço às famílias foi de 0,41%. Por último, as exportações cairam aproximadamente 5,2 bilhões de reais.


"Apesar de sermos um dos maiores produtores de energia renovável do mundo, o Brasil possui uma das mais caras tarifas de energia elétrica para a indústria, superando o custo de países como a França, Canadá, Turquia, México e Estados Unidos. O alto preço da energia elétrica é um dos fatores que diminuem a competitividade da indústria brasileira".


Oque dizer das commodities?


Diante da ampla inserção do Brasil no mercado internacional de produtos agrícolas, onde se destaca como expressivo produtor e fornecedor de commodities, os estudos relacionados à compreensão das relações entre o setor de energia e os produtos agrícolas tornam-se cada vez mais importantes. Embora muito já tenha sido feito em âmbito nacional, como os trabalhos de Santos et al. (2007, 2010), Serra et al. (2009), Brandão (2012) e Bellinghini et al. (2011), nenhum estudo foi dedicado a analisar as relações de cointegração e causalidade entre fontes de energia e commodities agrícolas.


É notável a existência de relações de causalidade entre os preços do petróleo, as fontes alternativas de energia e as demais commodities agrícolas. Como o mercado desses produtos é altamente dinâmico em nível mundial, decorre aí um processo de integração de preços, assunto que será abordado a seguir.


O aumento no preço do petróleo é transmitido para o preço dos produtos agrícolas. A causa desse efeito se dá pela relação insumo/produto existente nesses mercados. Além disso, o aumento dos preços do petróleo estimula o desenvolvimento de fontes alternativas de energia, dentre elas os biocombustíveis produzidos a partir de massa vegetal, e o consequente aumento da demanda por produtos agrícolas como soja, milho e cana-de-açúcar. Como, no nível da produção agrícola, esses produtos competem por área, a elevação da demanda aumenta o grau de integração entre seus preços. Somado a isso, têm-se a integração dos mercados globais decorrente da ascensão das relações comerciais entre os países.


Valendo-se dos resultados obtidos em um estudo promissor sobre a relação entre as fontes de energia e as commodities, foi possível concluir que há dependência tanto do etanol quanto das commodities agrícolas no mercado brasileiro em relação ao preço internacional do petróleo. Também foi possível confirmar a hipótese de entrelaçamento das commodities agrícolas ao preço do etanol. Por fim, a função impulso-resposta demonstrou que a resposta das variáveis aos choques não antecipados é predominantemente positiva, porém de impacto moderado, não ultrapassando variações de 10% no comportamento dos preços.

"Os cortes na produção e as projeções de oferta e demanda têm influenciado diretamente no preço do petróleo, bem como na rentabilidade do cultivo de commodities agrícolas". (Perspectivas para 2024: Petróleo em alta, retomada das commodities e tendências para o setor)


O cenário atual aponta para um declínio dos estoques, com a oferta não conseguindo acompanhar a demanda. Os cortes na produção e as projeções de oferta e demanda têm influenciado diretamente no preço do petróleo, bem como na rentabilidade do cultivo de commodities agrícolas. A virada do ciclo pecuário e a economia doméstica também estão atreladas ao processo de listagem das commodities, evidenciando a volatilidade do mercado. A importância das commodities no cenário econômico global é incontestável, e as projeções para o futuro apontam para desafios e oportunidades.


A produção de energia solar com baterias pode ajudar a reduzir os impactos negativos que o preço da energia tem sobre a indústria e a produção de commodities de várias maneiras:


1. Redução nos custos com eletricidade a longo prazo: A energia solar apresenta uma oportunidade única para indústrias e grandes empresas minimizarem seus custos operacionais. Investir em energia solar significa aproveitar a luz do sol, uma fonte gratuita e inesgotável, para gerar eletricidade. Ao longo do tempo, essa escolha se traduz em economias substanciais nas contas de luz, considerando especialmente o aumento constante dos custos de energia convencional.


2. Simplicidade de instalação e durabilidade: Os sistemas de energia solar destacam-se pela facilidade de instalação em diversos tipos de edificações, sem a necessidade de grandes reformas ou adaptações estruturais. Além disso, os painéis solares são projetados para resistir a diferentes condições ambientais, garantindo uma longa vida útil.


3. Baixa necessidade de manutenção: Um dos principais benefícios dos sistemas fotovoltaicos é sua baixa necessidade de manutenção. Uma vez instalados, os painéis solares requerem verificações e limpezas periódicas para manter sua eficiência energética. Essa característica reduz os custos operacionais e minimiza as interrupções na produção, assegurando um fornecimento de energia confiável e contínuo para as operações industriais.


4. Eficiência Energética Aprimorada: As baterias de última geração são projetadas para maximizar a quantidade de energia que podem armazenar e liberar. Isso permite que a energia gerada durante o dia seja armazenada e utilizada durante a noite ou em dias nublados, aumentando a eficiência do sistema de energia solar.


Portanto, a produção de energia solar com baterias pode ser uma solução eficaz para mitigar os impactos negativos do preço da energia na indústria e na produção de commodities. Além disso, contribui para a sustentabilidade ambiental e a diversificação da matriz energética.


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